Pimenta na Colômbia mostra os calos do treino para os Jogos Olímpicos

🔥 Fernando Pimenta mostra as mãos destruídas pelo treino — o preço alto da luta pelo ouro olímpico

Não é todos os dias que um atleta expõe, sem filtros, o verdadeiro preço da grandeza. Mas Fernando Pimenta, um dos maiores nomes da canoagem mundial, voltou a mostrar porque é sinónimo de resiliência, disciplina e uma ambição que atravessa fronteiras.
Esta sexta-feira, através das redes sociais, o atleta surpreendeu os seguidores ao partilhar uma fotografia chocante: a palma da mão repleta de calos rasgados, resultado de treinos intensos e quase sobre-humanos com um único objetivo — chegar aos Jogos Olímpicos de Paris 2024 e lutar pelas medalhas.

Pimenta na Colômbia mostra os calos do treino para os Jogos Olímpicos

Na legenda, Pimenta resumiu tudo numa frase que já se tornou mantra entre atletas de elite:
“Faz parte do processo.”

Mas a foto dizia muito mais do que as palavras.
Era o retrato cru da dor, da entrega total, de um corpo que sofre… porque a alma pede mais.

Pimenta, que se encontra a treinar em Paipa, na Colômbia, explicou o cenário num desabafo forte e realista:
“Até neste caso só os mais fortes resistem. Menos um calo na mão, vai voltar a crescer e provavelmente vai voltar a sair.”

É esta postura — dura, incansável, teimosa — que define um campeão. Não apenas no pódio, mas no caminho que leva até ele. Um caminho feito de suor, desgaste físico, frustração… e um desejo inabalável de ser sempre mais forte do que ontem.

 Um dos maiores anos da carreira de Fernando Pimenta

Fernando Pimenta celebra medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de chupeta  na boca - Modalidades - Correio da Manhã

Se há atletas que vivem de um bom momento, Pimenta vive de anos extraordinários.
E 2023 foi exatamente isso: um ano monumental, um dos mais ricos em títulos da sua carreira.

Participou em 14 competições internacionais, falhando apenas um pódio — e por um motivo dramático: o leme partiu durante a prova de K1 5.000 metros na Taça do Mundo da Hungria, obrigando-o a abandonar.
Não foi falha física, nem técnica.
Foi apenas azar — e ainda assim, o único ponto fora da curva num ano brilhante.

O atleta de Ponte de Lima, atualmente com 34 anos, somou:

  • 5 medalhas de ouro,

  • 6 medalhas de prata,

  • 2 medalhas de bronze,

— reforçando o estatuto de um dos canoístas mais medalhados de sempre, acumulando já 136 presenças em pódios ao longo da carreira.

E como se não bastasse dominar as provas de velocidade, Pimenta ainda recordou que, após o trabalho específico para os Mundiais de Duisburgo — onde conquistou o seu terceiro título mundial nos olímpicos K1 1.000 — ficava com o treinador, Hélio Lucas, a treinar extra para também poder brilhar nos Mundiais de maratonas.

É esta capacidade rara de ir sempre mais longe, mesmo quando já está no topo, que faz dele um fenómeno.

Fernando Pimenta conquista medalha de bronze | Jogos Olímpicos | PÚBLICO

🥇 O sonho que falta: o ouro olímpico

Fernando Pimenta já é um símbolo nacional.
Já conquistou a prata em Londres 2012 (K2 1000 m, com Emanuel Silva).
Já conquistou o bronze em Tóquio 2020 (K1 1000 m).
E já conquistou o respeito do mundo inteiro.

Mas há um objetivo que ainda o move com a força de quem acredita que nada é impossível:
a medalha de ouro olímpica.

É por ela que treina até à exaustão.
É por ela que abre feridas nas mãos.
É por ela que continua a cair e a levantar-se.
É por ela que volta, todos os dias, à água — com a determinação de quem sabe que a glória pertence aos que nunca desistem.

🔥 A foto dos calos não é apenas uma imagem. É uma declaração.
A de que Fernando Pimenta está pronto para tudo.
Inclusivamente para escrever, em Paris, o capítulo mais épico da sua carreira.